No seguimento do ciclo "O que visitar em Coimbra" hoje falamos sobre um dos monumentos mais emblemáticos de Coimbra, o Convento de Santa Clara-a-Nova.
O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, popularmente referido como Convento da Rainha Santa Isabel, localiza-se na freguesia de Santa Clara, foi erguido em 1649 em substituição ao antigo mosteiro medieval de Santa Clara-a-Velha, arruinado pelas inundações frequentes do rio Mondego.
O edifício é em estilo barroco, sóbrio e utilitário, ponteado por torreões. Na igreja, guarda-se, no retábulo da capela-mor, a urna de prata e cristal, do séc. XVII, onde é venerado o corpo da Rainha Santa Isabel.
O convento de Santa Clara de Coimbra foi fundado nos inícios do século XIV, à margem esquerda do rio Mondego. Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal, esposa de Dinis de Portugal, foi a principal benfeitora da instituição nos seus inícios, tendo-o escolhido como lugar de seu sepultamento.
As constantes inundações de que era vítima o primitivo mosteiro levaram à decisão de construir um novo edifício para a comunidade de clarissas. Desse modo, as obras do novo convento começaram em 1649, com projecto de João Torriano, frade beneditino, engenheiro-mor do reino e professor de matemática da Universidade de Coimbra. A igreja e vários edifícios conventuais encontravam-se concluídos em 1696, quando se mudaram as últimas monjas.
A poente da igreja ergue-se um dos maiores claustros do país, de plano quadrangular com duplo piso, que melhor reflecte a longa campanha de obras efectuada no monumento. Com ligação às principais dependências conventuais, o claustro revela uma organização espacial que reflecte as disposições da arquitectura maneirista, enquanto as formas compositivas deixam perceber a influência dos modelos barrocos, segundo a linguagem dos vários arquitectos envolvidos: Manuel do Couto, Custódio Vieira e Carlos Mardel
Em 1911 grande parte do monumento foi entregue ao Exército Português, que o devolveu à Confraria em 2006. A Confraria da Rainha Santa Isabel procura, através da sua actuação, o desenvolvimento e valorização de uma componente cultural do monumento, fazendo dos espaços do Mosteiro, uma expressão viva de todas as formas de arte, que possam conferir uma nova dimensão à presença da Rainha Santa na vida actual da Sua Cidade de Coimbra.
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